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Desenvolvimento tecnológico de hardware: como pagar menos e inovar mais

Por Suyane Florêncio, Trainee em Inovação da Gröwnt

Muitos empresários acreditam que fabricar hardware no Brasil significa lidar com custos proibitivos, margens apertadas e concorrência desleal com importados. Mas e se parte desse custo pudesse ser reduzida com incentivos estratégicos?

O governo oferece benefícios fiscais para empresas que investem em tecnologia, mas a burocracia e a falta de informação fazem com que poucos aproveitem essas oportunidades. O resultado? Empresas pagando mais do que deveriam e perdendo competitividade.

A verdade é que há duas formas de encarar o desenvolvimento tecnológico de hardware com incentivos fiscais: como um desafio impossível ou como uma oportunidade bem aproveitada. Quem entende as regras do jogo consegue cortar custos e crescer sem comprometer a qualidade e é exatamente isso que vamos explorar aqui.

Incentivos fiscais: a solução para empresas que querem inovar mais

Se desenvolver hardware no Brasil pode ser caro, a pergunta certa não é “vale a pena?”, mas sim “como pagar menos para inovar mais?”.

O governo oferece incentivos fiscais para empresas que investem em desenvolvimento tecnológico de hardware e fabricam estes produtos no brasil, proporcionando um crédito financeiro, calculado em função da venda destes produtos e possibilitando a redução IPI, permitindo assim que mais recursos sejam direcionados à inovação. A Lei de Informática é um dos principais mecanismos para isso.

Ainda assim, muitas empresas perdem dinheiro simplesmente porque desconhecem os incentivos ou não sabem como acessá-los. Sem um planejamento estratégico, acabam pagando mais impostos do que deveriam, enquanto concorrentes reduzem custos e ampliam sua competitividade.

Mas como garantir que sua empresa aproveite esses benefícios sem erros? No próximo tópico, vamos detalhar como a Lei de Informática funciona e o que é necessário para se enquadrar.

Como funciona a Lei de Informática para reduzir custos em P&D

Reduzir impostos e direcionar mais recursos para inovação pode parecer complexo, mas a Lei de Informática torna isso possível. Criada para fortalecer a indústria nacional, essa legislação concede incentivos fiscais para empresas que investem em desenvolvimento tecnológico de hardware, permitindo economia significativa ao longo do processo produtivo.

O benefício mais relevante é o crédito financeiro para fabricantes que cumprem os requisitos. Além disso, há créditos financeiros sobre, que ajudam a equilibrar os custos da operação. Mas para garantir esses incentivos, as empresas precisam cumprir obrigações específicas, como:

  • Investir um percentual mínimo em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), aplicando esses recursos em projetos de inovação.
  • Atender ao Processo Produtivo Básico (PPB), garantindo que etapas essenciais da fabricação ocorram no Brasil. 
  • Comprovar regularmente os investimentos por meio de relatórios detalhados ao governo.

Seguir essas exigências pode parecer burocrático, mas o impacto financeiro compensa. Empresas que utilizam corretamente os incentivos conseguem reduzir custos de fabricação, aumentar margens de lucro e ganhar competitividade no mercado de hardware

Agora, o que sua empresa precisa fazer para se enquadrar e garantir esses benefícios? Veja a seguir.

O que sua empresa precisa para obter os benefícios? 

Saber que os incentivos fiscais existem é um bom começo, mas como garantir que sua empresa esteja apta a utilizá-los? Para aproveitar a Lei de Informática no desenvolvimento tecnológico de hardware, é necessário atender a requisitos específicos. 

Os três pilares essenciais para a habilitação são: 

  • Classificação correta do produto na NCM → Apenas produtos com códigos listados no Anexo II do Decreto nº 10.356/2020 podem se beneficiar. Uma falha na classificação pode impedir o acesso ao incentivo
  • Cumprimento do Processo Produtivo Básico (PPB) → A empresa deve realizar etapas mínimas de fabricação no Brasil, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo MDIC e MCTI
  • Investimento em P&D → Parte do faturamento deve ser direcionada à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, sendo obrigatória a prestação de contas ao governo.

Além disso, a empresa precisa manter relatórios detalhados comprovando que está cumprindo todas as exigências. Sem isso, os incentivos podem ser suspensos ou até exigirem a devolução de valores já utilizados. 

O processo exige atenção, mas com a estratégia certa, os benefícios superam os desafios. Fique com um passo a passo prático para garantir esses incentivos sem surpresas.

Quem já usa incentivos fiscais está economizando e você? 

Com um processo bem estruturado, sua empresa pode reduzir custos, investir mais em inovação e ganhar competitividade sem surpresas. 

Empresas que produzem hardware no Brasil e utilizam incentivos fiscais já reduziram custos e aceleraram sua inovação. Enquanto algumas enfrentam margens apertadas e dificuldade para competir, outras aplicam estratégias que garantem economia tributária e mais investimento em P&D

A diferença entre pagar mais ou economizar está no planejamento. Empresas que cumprem os requisitos do PPB, classificam corretamente seus produtos na NCM e direcionam investimentos para inovação não apenas acessam os benefícios, mas os utilizam para crescer mais rápido

Se sua empresa ainda não aproveita esses incentivos, a pergunta é: por que continuar pagando mais enquanto seus concorrentes economizam?  

Descubra como reduzir custos no desenvolvimento tecnológico de hardware sem complicações.

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