Financiar eficiência operacional, transformação digital, desenvolvimento tecnológico e inovação costuma ser desafiador — e, às vezes, inviável — quando se depende só de crédito bancário tradicional. Projetos de médio e longo prazo, com risco tecnológico, pedem condições específicas que nem sempre existem nas linhas comuns.
A boa notícia: é possível combinar fontes de recursos para maximizar o capital externo e garantir fluxo contínuo ao portfólio de iniciativas. A seguir, explicamos a estratégia e trazemos caminhos práticos para executivos que buscam digitalização e inovação com segurança financeira e alto retorno.
Por que captar em “stack”?
Além dos custos de P&D, prototipagem, testes e go-to-market, muitas empresas sofrem com orçamento não previsto e descontinuidade de caixa. Ao diversificar as fontes:
- Diluem-se riscos financeiros ao não concentrar toda a exposição em um único instrumento.
- Aumenta-se a capacidade de investimento para rodar projetos simultâneos ou de maior escala.
- Orquestram-se etapas (pesquisa, desenvolvimento, industrialização, difusão tecnológica) com linhas complementares.
As duas âncoras no Brasil: FINEP e BNDES
FINEP (MCTI)
Oferece apoio direto e via programas como Inovacred. As condições operacionais (taxas, carências e percentuais) são publicadas oficialmente; as taxas são referenciadas à TR + spread de risco conforme o risco da operação.
BNDES – Programa Mais Inovação
Apoia planos de investimento em inovação e digitalização, com modalidades direta e indireta (inclusive “automática” via rede credenciada). Hoje, os valores de referência incluem:
- Direto: a partir de R$ 10 mi no Norte/Nordeste e R$ 20 mi nas demais regiões; no indireto não automático, piso de R$ 20 mi.
- Indireto Automático: até R$ 15 mi por cliente em 12 meses; prazo até 10 anos (com carência conforme a base de taxa).
Observação importante: a FINEP não é vinculada ao BNDES (são instituições distintas), embora existam iniciativas conjuntas de política pública.
O “como” da combinação
- P&D + Planta/Capex de Escala
- FINEP financia pesquisa aplicada, ensaios, protótipos e validações.
- BNDES Mais Inovação entra na industrialização e difusão (máquinas, equipamentos, digitalização fabril).
- Digitalização 4.0 em Lote (upgrade de parque)
- Use BNDES (difusão tecnológica / bens inovadores) para aquisição de equipamentos 4.0 e contratação de serviços tecnológicos.
- Combine com FINEP para módulos de desenvolvimento e integração tecnológica.
- Programas estratégicos coordenados
O governo tem lançado envelopes conjuntos (ex.: R$ 12 bi para difusão de equipamentos 4.0; R$ 5 bi para minerais estratégicos), reforçando a complementaridade entre as casas. Isso abre janelas para combinar instrumentos em fases distintas do projeto.
Exemplo prático
Uma biotech que desenvolve um fármaco pode:
- Captar na FINEP o ciclo de P&D (ensaios, protótipos, dossiês).
- Contratar com o BNDES a planta piloto/industrial e a automação para produção.
Pontos de atenção antes de combinar
- Condições e elegibilidade: avalie taxas (base TR e spreads), prazos totais e de carência, garantias/contrapartidas e percentuais financiáveis de cada linha.
- Compliance regulatório: atenda às regras específicas de cada operação (critérios técnicos, documentação de P&D/ID, governança de gastos).
- Alinhamento à política pública: mapeie como seu projeto conversa com NIB/Nova Indústria e prioridades setoriais (digitalização, descarbonização, semicondutores, minerais críticos etc.).
Como a Gröwnt potencializa essa estratégia
Executivos que estruturam financiamento em “stack” chegam mais rápido e com menos risco ao resultado. A Gröwnt atua exatamente nesse ponto:
- Arquitetura financeira do portfólio: definimos o match entre projetos e instrumentos (FINEP/BNDES), distribuindo etapas e cronogramas para fluxo contínuo de caixa.
- Projetos bancáveis e dossiês técnicos: elaboramos as peças técnicas e financeiras com métricas, CAPEX/OPEX, marcos e KPIs aderentes às exigências.
- Governança e prestação de contas: orquestramos a trilha documental e o compliance de recursos públicos do início ao fim.
- Radar de janelas e chamadas: antecipamos oportunidades (ex.: difusão 4.0, envelopes temáticos, ajustes de condições operacionais).
Tratando-se de recursos públicos, clareza de objetivos, plano de aplicação e mensuração de valor é requisito básico — e diferencia aprovar do “quase”. A Gröwnt coloca método nesse processo.





