O setor de seguros brasileiro encerrou 2023 com um resultado histórico: lucro líquido de aproximadamente R$ 30 bilhões, avanço perto de 17% sobre 2022, impulsionado por recuperação econômica, inflação em queda, melhor subscrição e—principalmente—transformação digital nas operações, produtos e canais. Estimativas oficiais também apontam arrecadação total de R$ 388 bilhões no ano, crescimento de 9% no mercado supervisionado.
Mais do que vento a favor, o fator decisivo foi a priorização de tecnologia e dados: automação de sinistros, analytics preditivo, jornadas omnicanal e ofertas personalizadas elevaram eficiência, reduziram despesas e ampliaram a retenção—com impacto direto no resultado.
4 casos que ilustram o efeito da inovação
- Itaú (seguros, previdência e capitalização)
A área de seguros do grupo registrou ganho 14,5% maior em 2023 vs. 2022, apoiada por digitalização e crescimento de serviços.
- XP Vida e Previdência
Eficiência operacional alavancada por automação, processamento de alto volume e data-driven offers levou o lucro de jan–out/23 a R$ 78 mi (vs. R$ 60,7 mi em 2022).
- Prudential do Brasil
Lucro de R$ 714 mi até out/23, salto de 431% sobre 2022, com recorde de prêmios e foco em produtos e canais.
- Tokio Marine
Pela primeira vez no “clube do bilhão”: R$ 1,4 bi de lucro em 2023, com diversificação e eficiência operacional.
As tecnologias que mais geram ROI no seguro
- IA & Machine Learning para triagem e regulação de sinistros, antifraude e precificação dinâmica (reduz custo por sinistro e acelera ciclo de pagamento).
- IoT e telemetria para tarifação baseada em uso/comportamento (auto, residencial, agro), com queda de sinistralidade e melhor aderência do prêmio ao risco.
- Jornadas omnicanal com UX enxuta (app, web, assistidos), elevando NPS e conversão.
- Arquiteturas de dados modernas (lakehouse) e analytics em tempo real, habilitando personalização e cross-sell.
- Automação de backoffice (RPA/IPA) para subscrição, compliance e concilições.
O que esperar para 2024–2025
- Crescimento sustentado com o setor acima de dois dígitos na virada 23/24, segundo a CNseg—base para manutenção de margens, desde que eficiência siga no radar. CNseg
- Aceleração digital: open insurance, IA generativa aplicada a atendimento e subscrição, analytics de risco climático e ciber como linha crítica de produto.
- Eficiência técnica: seleção de risco mais granular + automação de sinistros = menor DRE de sinistros e despesas, com experiência melhor para o segurado.
- Ofertas direcionadas: proteção para ativos digitais e veículos conectados/autônomos sai do slide e ganha prateleira.
Lei do Bem: financiamento inteligente para inovar em seguros
A Lei do Bem permite que empresas tributadas no lucro real deduzam dispêndios de P&D e obtenham “cashback fiscal” sobre projetos de inovação (novos produtos, modelos de precificação, motores de fraude, plataformas e apps). Na prática, reduz o custo de inovação em até ~34% com benefícios fiscais, melhora o business case e libera orçamento para escalar tecnologia. (Aplicação sempre condicionada aos critérios técnicos e contábeis do MCTI e da legislação vigente.)
Vantagens estratégicas para seguradoras
- CapEx/OpEx mais leves para P&D (IA, dados, ciber, IoT, automação).
- Acesso a capital facilitado ao comprovar elegibilidade a incentivos.
- Ambiente de inovação mais fértil com parcerias (insurtechs, universidades, fornecedores de dados).
Como a Gröwnt ajuda
A Gröwnt estrutura e operacionaliza projetos de P&D para Lei do Bem, da elegibilidade técnica ao dossiê e prestação de contas, com metodologia full service e foco em ROI de inovação.





