Em outubro, Salvador recebeu — pelo 6º ano seguido — o NASA Space Apps Challenge, maratona internacional que mobiliza pessoas e dados abertos da NASA para criar soluções a desafios reais ligados à Terra e ao espaço. O evento conecta governo, universidades, empresas, agências espaciais e a sociedade para colaboração aplicada em inovação.
Em escala global, o Space Apps bateu recorde recente: 93,5 mil participantes registrados em 485 eventos locais, em 163 países/territórios (edição 2024) — um salto que reforça a relevância do programa como catalisador de talentos e projetos de impacto.
Inclusão que gera resultado: mais mulheres em ciência e tecnologia
A edição de Salvador destacou a forte participação feminina — em times, mentorias e banca avaliadora. A presença de mulheres em STEM ainda é sub-representada no Brasil e no mundo, o que torna iniciativas como o Space Apps estratégicas para atrair, reter e dar visibilidade a pesquisadoras e inovadoras:
- Globalmente, mulheres representam ~35% das graduadas em STEM (estável na última década).
- No Brasil, elas são maioria no ensino superior, mas seguem minoritárias em Computação/TI (18%) e Engenharias (32%).
- No mercado de TIC, a diversidade ainda é desafio; por exemplo, mulheres negras somam apenas ~11,5% das contratações do setor.
Ao apoiar o evento em Salvador, a Gröwnt reforça o compromisso com equidade e inovação sistêmica — inclusive com lideranças femininas atuando como juradas e mentoras. A Head de Marketing da Gröwnt, Cristal Freitas, integrou o júri, somando-se a profissionais que ampliam referências para meninas e mulheres em carreiras tecnológicas.
Projetos vencedores com representatividade
Na 6ª edição soteropolitana, dois times avançaram à fase global. Um deles, formado majoritariamente por mulheres, apresentou o uso de folhas como sensores naturais para detecção precoce de incêndios — solução com potencial para mitigação de queimadas. O outro, Flying High, propôs converter imagens em sons, mapeando cores para áudio e expandindo acessibilidade a pessoas com deficiência visual. (A etapa mundial ocorre online em dezembro.)
Por trás dos demos, há um ativo central: trabalho colaborativo em dados abertos, foco em problemas reais e diversidade de perspectivas — insumos críticos para transformar protótipos em soluções adotáveis.
Por que isso importa para o ecossistema
- Talento e pipeline: hackathons de dados abertos aceleram aprendizado prático e criam portfólio para estudantes e profissionais.
- Impacto escalável: desafios ambientais, climáticos e de acessibilidade ganham provas de conceito replicáveis em políticas públicas e negócios.
- Equidade como vantagem: times diversos geram soluções mais completas e evitam vieses em modelos e produtos. Evidência: regiões com programas consistentes de inclusão têm maior retenção de mulheres em STEM ao longo da carreira.
O NASA Space Apps Salvador contou com apoio institucional da Gröwnt, do Consulado dos EUA no Rio, da Associação Baiana de Startups (ABAS), e patrocínio da Unijorge e do Banco do Nordeste, além de parcerias com Sebrae, Village Marcas e Patentes e Tecno Jr.





