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O BNDES aprovou um financiamento de R$ 200 milhões para apoiar a Embraer no desenvolvimento do eVTOL, conhecido como carro voador elétrico, em uma etapa que inclui novos protótipos, testes de certificação e preparação para a produção. O investimento integra a estratégia de expansão da mobilidade aérea sustentável no Brasil, fortalece a cadeia de inovação do setor aeronáutico e contribui para posicionar o país entre os principais polos globais dessa tecnologia emergente.
carro voador

Financiamento de R$ 200 milhões do BNDES impulsiona o ‘carro voador’ da Embraer

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 200 milhões para a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer responsável pelo chamado “carro voador”, o eVTOL aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical. O recurso vem do Fundo Clima e será direcionado ao desenvolvimento de novos protótipos, aos testes de certificação e à futura produção comercial do veículo.  

O que está por trás desse financiamento do BNDES

O novo crédito de R$ 200 milhões faz parte de uma estratégia de longo prazo para apoiar a descarbonização do transporte aéreo e fortalecer a indústria nacional de alta tecnologia. 

Segundo o próprio BNDES, os recursos do Fundo Clima serão usados para:  

  • desenvolver os próximos protótipos do eVTOL da Eve; 
  • realizar os primeiros voos de certificação; 
  • preparar a fase de fabricação do veículo comercial. 

Esse não é o primeiro apoio do banco ao programa. Em 2022, a Eve já havia garantido uma linha de crédito de cerca de R$ 490 milhões para P&D, e o novo aporte de R$ 200 milhões é descrito como uma “segunda fase” de financiamento, vinculada diretamente à etapa de protótipo e testes em 2025–2026.  

 

Quem é a Eve Air Mobility e o que é o “carro voador”

A Eve Air Mobility é a empresa de mobilidade aérea urbana criada pela Embraer para desenvolver aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL). Esses veículos são projetados para operar como “táxis aéreos” em rotas curtas, sobrevoando congestionamentos urbanos e emitindo menos ruído e gases de efeito estufa do que aeronaves convencionais.  

O eVTOL da Eve é: 

  • 100% elétrico, com decolagem e pouso vertical; 
  • pensado para operar em vertiportos instalados em grandes centros urbanos; 
  • parte de uma solução completa, que inclui também software de gestão de tráfego aéreo urbano.  

De acordo com a autoridade de aviação civil brasileira (ANAC), a certificação do modelo é considerada realista para 2027, com uma meta ambiciosa de tentar antecipar para 2026, dependendo da maturidade tecnológica. A Eve já acumula perto de 3.000 intenções de pedido de 28 clientes em nove países, e planeja iniciar a operação comercial em 2027.  

Para que serão usados os R$ 200 milhões na prática

O financiamento aprovado pelo BNDES tem foco direto na fase de “virada” do projeto, quando o conceito deixa de ser apenas um demonstrador tecnológico e passa a se transformar em produto industrializável. 

Entre as principais frentes que devem ser beneficiadas estão:  

  • Integração do sistema de propulsão elétrica: consolidação de motores, baterias, sistemas de controle e segurança em um protótipo em escala real; 
  • Construção de protótipos conformes: aeronaves já alinhadas com os requisitos de certificação, prontas para campanha intensa de testes; 
  • Voos de teste e certificação: ensaios em solo e em voo para validar performance, segurança e confiabilidade; 
  • Preparação para a fabricação comercial: adequação de processos industriais, cadeia de fornecedores e fábrica dedicada em Taubaté (SP), apoiada por outras linhas de financiamento do banco.  

Impactos para a mobilidade urbana e para a indústria brasileira

Do ponto de vista de política industrial, o empréstimo reforça a posição da Embraer e da Eve como protagonistas em um mercado que deve movimentar dezenas de bilhões de dólares na próxima década em mobilidade aérea urbana e aviação de baixo carbono. 

A própria Embraer anunciou um plano de investimentos de cerca de R$ 20 bilhões no Brasil até 2030, contemplando aumento de produção, novos produtos e iniciativas em segmentos como aviação comercial, executiva, defesa e mobilidade aérea avançada — onde entra o eVTOL da Eve.  

Esse tipo de operação com o BNDES tende a gerar efeitos em cadeia, como: 

  • fortalecimento da base de fornecedores de alta tecnologia no país (eletrônica, baterias, materiais compostos, software); 
  • geração de empregos qualificados em engenharia, manufatura avançada e testes; 
  • posicionamento do Brasil como exportador de soluções de aviação sustentável, e não apenas de matéria-prima; 
  • avanço da agenda climática, por usar recursos do Fundo Clima em um projeto com potencial de redução de emissões no setor de transportes.  

 

O que essa movimentação sinaliza para outras empresas inovadoras

Do ponto de vista de política industrial, o empréstimo reforça a posição da Embraer e da Eve como protagonistas em um mercado que deve movimentar dezenas de bilhões de dólares na próxima década em mobilidade aérea urbana e aviação de baixo carbono. 

A própria Embraer anunciou um plano de investimentos de cerca de R$ 20 bilhões no Brasil até 2030, contemplando aumento de produção, novos produtos e iniciativas em segmentos como aviação comercial, executiva, defesa e mobilidade aérea avançada, onde entra o eVTOL da Eve.  

Esse tipo de operação com o BNDES tende a gerar efeitos em cadeia, como: 

  • fortalecimento da base de fornecedores de alta tecnologia no país (eletrônica, baterias, materiais compostos, software); 
  • geração de empregos qualificados em engenharia, manufatura avançada e testes; 
  • posicionamento do Brasil como exportador de soluções de aviação sustentável, e não apenas de matéria-prima; 
  • avanço da agenda climática, por usar recursos do Fundo Clima em um projeto com potencial de redução de emissões no setor de transportes.  

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