A indústria automotiva brasileira ganhou um alívio importante na semana de 10 de novembro de 2025: a China comunicou às fabricantes do Brasil que está retomando gradualmente o fornecimento de semicondutores (chips automotivos), segundo a Anfavea.
A escassez desses componentes vinha colocando o setor em alerta: muitas montadoras corriam o risco de suspender linhas de produção por falta de chips, os quais são essenciais para funções como injeção eletrônica, sensores e painéis digitais.
De acordo com o presidente da Anfavea, Igor Calvet, dois fatores principais contribuíram para essa melhora no cenário: (i) a liberação pela China de chips para empresas que operam no Brasil ou têm fábricas na China, e (ii) a concessão de licenças especiais de exportação para companhias brasileiras.
Apesar do avanço, a entidade reforça que a situação ainda não está completamente normalizada. “Se não houver novas interrupções nas importações, nossa indústria tende a não ser afetada”, alertou Calvet.
Em suma, a retomada do fluxo de chips reduz o risco imediato de paralisação nas montadoras brasileiras — o que traz alívio para toda a cadeia automotiva (fornecedores de autopeças, siderurgia, plásticos etc.).
Embora ainda com cautela, o avanço representa um passo importante para dar maior segurança ao setor automotivo no Brasil diante da crise global de semicondutores. Para manter esse cenário, será fundamental acompanhar se as exportações seguem estáveis e sem novos entraves geopolíticos.
