Contato

Nesse Artigo

Após rumores nas redes sociais, a OpenAI esclareceu que o ChatGPT não deixou de oferecer informações sobre temas jurídicos e médicos. A empresa afirmou que apenas unificou suas políticas de uso, sem proibir o fornecimento de explicações gerais. O chatbot segue podendo ajudar usuários a compreender conceitos de direito e saúde, mas sem substituir profissionais licenciados ou emitir pareceres personalizados.
ChatGPT

ChatGPT não parou de dar conselhos jurídicos e médicos: entenda o que realmente aconteceu 

Nos últimos dias, uma onda de publicações nas redes sociais sugeriu que o ChatGPT teria deixado de oferecer conselhos jurídicos e médicos. Usuários relataram que a IA estaria recusando respostas sobre diagnósticos, medicamentos e documentos legais, interpretando isso como uma nova proibição. 
Diversos portais internacionais, como o Financial Express e o Times of India, chegaram a publicar notas afirmando que a OpenAI teria “retirado o suporte” a esses temas por “medo de responsabilidade jurídica”【The Verge, 2025】. 

Mas a verdade é outra: a OpenAI negou oficialmente qualquer mudança de política nesse sentido. 

O que a OpenAI realmente disse

Em publicação no X (antigo Twitter), Karan Singhal, líder de IA em saúde da OpenAI, esclareceu o mal-entendido: 

“Not true. Model behaviour remains unchanged. ChatGPT has never been a substitute for professional advice, but it will continue to be a great resource to help people understand legal and health information.” 

Ou seja, o comportamento do modelo não mudou. O ChatGPT nunca teve autorização para substituir profissionais de saúde, advogados ou contadores — e continua podendo oferecer informações gerais sobre esses assuntos. 

A atualização feita em 29 de outubro de 2025 foi apenas uma padronização das políticas de uso da OpenAI, unificando os termos aplicáveis ao ChatGPT, API e DALL-E. Nenhuma proibição adicional foi adicionada. 

Segundo o Business Insider, o ChatGPT “ainda pode responder a perguntas sobre saúde e direito, desde que não personalize diagnósticos ou elabore documentos oficiais”. 

O que mudou e o que não mudou no ChatGPT

O que continua igual 

  • O ChatGPT ainda pode responder perguntas sobre direito e saúde de forma geral e informativa. 
  • É permitido explicar conceitos jurídicos, termos médicos e procedimentos de maneira educativa. 
  • O modelo segue sendo um apoio para aprendizado, interpretação de leis, diagnósticos e termos técnicos. 
  • A política da OpenAI já previa que o ChatGPT não substitui profissionais licenciados (médicos, advogados, contadores). 
  • A atualização de outubro de 2025 não adicionou nenhuma nova restrição — apenas unificou as políticas de uso (ChatGPT, API e DALL·E). 

 

 O que não é permitido (e nunca foi) 

  • Emitir diagnósticos médicos ou prescrever medicamentos. 
  • Elaborar petições, contratos ou pareceres jurídicos personalizados. 
  • Fornecer aconselhamento financeiro, jurídico ou de saúde individualizado. 
  • Produzir conteúdo técnico com valor legal ou médico sem a supervisão de um profissional licenciado. 
  • Ser utilizado como fonte exclusiva de decisão em casos de risco clínico, jurídico ou financeiro. 

Por que a confusão ganhou força

A confusão começou quando a OpenAI atualizou a interface de suas políticas e incluiu a frase: 

“ChatGPT não deve fornecer aconselhamento personalizado que exija licença profissional.” 

Muitos interpretaram isso como uma nova restrição. Na verdade, essa regra sempre existiu, apenas foi reescrita com linguagem mais clara. 
O assunto se espalhou rapidamente em fóruns como Reddit e X, com milhares de usuários “testando” respostas da IA e compartilhando prints de recusas — o que ajudou o boato a viralizar. 

A importância da responsabilidade no uso da IA

Embora o ChatGPT seja uma ferramenta poderosa, ele não substitui o julgamento humano especialmente em áreas sensíveis como medicina, direito e finanças. 
Estudos recentes mostram que grandes modelos de linguagem podem apresentar até 13% de respostas incorretas em contextos médicos complexos (arXiv, 2025). 
Por isso, a OpenAI mantém políticas rígidas para evitar uso indevido e reforçar a importância da supervisão profissional. 

O uso ideal da ferramenta é educacional e informativo: compreender termos jurídicos, interpretar artigos de lei, entender efeitos de medicamentos ou preparar-se melhor para uma consulta com o especialista. 

O que isso significa para usuários e empresas

Para os usuários comuns, nada muda: o ChatGPT continua podendo explicar conceitos, comparar tratamentos, interpretar cláusulas contratuais e oferecer resumos de informações de domínio público. 
Para empresas e profissionais que utilizam IA em seus fluxos de trabalho — como escritórios de advocacia, healthtechs e consultorias — a recomendação é clara: 

  • Use o ChatGPT como ferramenta de apoio, nunca como fonte exclusiva de decisão. 
  • Valide as informações com especialistas licenciados. 
  • Comunique-se com transparência, informando o papel da IA no processo de produção de conteúdo. 

A OpenAI não proibiu o ChatGPT de abordar temas jurídicos ou médicos. A empresa apenas reforçou que o chatbot não deve oferecer aconselhamento personalizado sem supervisão profissional. 
Em outras palavras: o ChatGPT continua sendo uma ferramenta útil para aprendizado, pesquisa e apoio à decisão, mas não substitui o trabalho de advogados ou médicos. 

A lição? Sempre confirme o que você lê nas redes — especialmente quando o assunto é inteligência 

 

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *